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sexta-feira, 1 de março de 2019
Sindifisco aguarda pagamento dos inativos e participação na reforma administrativa para avaliar a suspensão do movimento
O Sindifisco oficiou hoje a Secretária da Economia, Cristiane Schmidt, para que providencie a liquidação dos compromissos assumidos ontem pelo Governador, durante sua visita ao Sindifisco.
O primeiro compromisso é a quitação dos salários do mês de fevereiro dos inativos e pensionistas do fisco, e o segundo é com a inserção de servidores do fisco na equipe que trata da reforma administrativa da antiga pasta fazendária.
A convocação de assembleia geral para avaliar o pedido do Governador de suspender o movimento previsto para o dia 11 de março próximo depende da liquidação desses dois compromissos.
A diretoria do Sindifisco aguarda resposta da titular da pasta da Economia.
Baixe a íntegra do documento clicando aqui
Governador Caiado visita sede do Sindifisco
Wilmar Nunes, Paulo Sérgio e Ronaldo Caiado |
A visita foi articulada pelo colega Lyvio Luciano, chefe de
gabinete do governador, oportunizando à categoria levar ao conhecimento chefe
do Executivo - sem ruídos - a opinião dos servidores responsáveis pela receita
estadual sobre a atual realidade da pasta fazendária, agora chamada de
Economia. Os secretários Ernesto Roller e Cristiane Schmidt, acompanhavam o governador.
Ronaldo Caiado ouviu do presidente da entidade a preocupação dos servidores da Administração Tributária sobre o perigo de desmonte da pasta fazendária com as reformas que seus auxiliares estão promovendo, com mudanças de estrutura e atribuições do fisco sem ouvir seus servidores. Na primeira fase da reforma, por exemplo, o projeto original do governo veio com a retirada do fisco da guarda do sigilo fiscal, ação que foi neutralizada por emenda parlamentar patrocinada pela entidade sindical, que por sua vez foi vetada por orientação da Casa Civil, forçando o Sindifisco, agora, trabalhar pela derrubada do veto.
O chefe do Executivo também foi alertado sobre outras carreiras que pretendem avançar sobre as atribuições do fisco para satisfazer pretensões meramente classistas e financeiras. O Auditor-fiscal Eugênio César, premiado nacionalmente por relevantes projetos de TI voltados especificamente à máquina fazendária, tal como a nota fiscal eletrônica e o sistema FIS, fez uma oportuna explanação sobre o equivoco de centralizar a gestão da tecnologia da informação em pasta diferente da fazendária, alertando que isso foi tentado outras vezes causando grande retrocesso e prejuízo ao desenvolvimento do trabalho personalíssimo do fisco na fiscalização e cobrança do complexo ICMS.
Uma das soluções sugeridas pelos Auditores-fiscais para aplacar a séria apatia causada pelo modelo estrutural que se pretende implementar na fazenda goiana, foi a de apartar a Receita Estadual da pasta da economia, criando uma nova secretaria ou autarquia especialmente voltada para a tributação, fiscalização e arrecadação, que abrigaria especialmente carreiras específicas da Administração Tributária, conforme prevê a Constituição Federal, e a exemplo de paradigmas nacionais como a Receita Federal do Brasil e de outras Administrações Tributárias existentes em cerca de uma dezena de estados brasileiros, onde o Auditor-geral do Estado responderia diretamente ao governador.
Após ouvir as explanações dos servidores da receita, Ronaldo Caiado discorreu longamente sobre as dificuldades que o Estado enfrenta e a origem do grave quadro fiscal que recebeu do governo passado, pedindo aos auditores que o ajudassem a governar e tirar Goiás do caos que se encontra. Anunciou que hoje (1º/3), quitará toda a folha dos servidores ativos do Estado, solicitando a suspensão do movimento sindical previsto para ser deflagrado no próximo dia 11 de março.
Por final, Caiado garantiu que o fisco terá completo acesso ao projeto e opinará sobre a reestruturação da pasta fazendária nesta 2ª etapa da reforma administrativa do Estado, que deve ser encaminhada ainda este mês para a Assembleia Legislativa.
A diretoria do Sindifisco aguardará nas próximas horas a forma e modo que se dará a participação do fisco na reforma administrativa e quando seus aposentados e pensionistas receberão o salário de fevereiro, para, só então, avaliar a conveniência e oportunidade de convocar assembleia geral para que a categoria delibere sobre o pedido do governador de suspensão da mobilização dos servidores do fisco, prevista para iniciar dia 11 próximo.
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Local:
Goiás, Brasil
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Auditores-fiscais apreendem mais de 20 caminhões em Itumbiara/GO
Após consultarem o Sindifisco sobre a decisão da assembleia geral de reduzir a produtividade, auditores da Delegacia Fiscal de Itumbiara foram orientados pela entidade sindical a trabalharem normalmente até o dia 11 de março, data marcada para o início do movimento.
Assim, nesta madrugada (28), equipes de fiscalização daquela regional fazendária realizaram blitzen na divisa entre GO e MG, apreendendo mais de 20 caminhões carregados com diversos produtos (sucata, colchões, confecções, fio de algodão), além de oito carretas carregadas com grãos, que era o principal objetivo da operação, totalizando 411.000 Kg de milho sem documentação fiscal.
As mercadorias apreendidas foram avaliadas em R$ 380 mil, e serão liberadas conforme houver a identificação dos sonegadores envolvidos ou a quitação do imposto e multa correspondente ao ICMS sonegado, calculado em torno de R$ 200 mil reais, fora os desdobramentos dessa ação fiscal sobre os produtores e cerealistas de onde saíram os grãos sem documentação fiscal.
Seis carretas carregadas de grãos apreendidas já estavam sendo monitoradas pelo fisco desde sua origem através da inteligência fiscal, apoiada pelo Batalhão Fazendário e Comando de Operações de Divisa - COD.
Os auditores que realizaram a operação disseram que não apreenderam uma quantidade maior de caminhões devido os membros da equipe já estarem ocupados na abordagem de veículos. “Ocorreram muitas fugas por falta de pessoal e viaturas para perseguirem esses caminhões”, disse um dos Auditores-fiscais.
A partir do dia 11 de março, seguindo a orientação da assembleia geral do Sindifisco, operações como a desta madrugada vão ficar suspensas, como parte da mobilização da categoria de Auditores-fiscais.
Claudio Modesto
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Auditores-fiscais reduzem produtividade a partir do dia 11 de março
Ontem à tarde (26) os Auditores-fiscais da Receita Estadual de Goiás, reunidos em assembleia geral, decidiram se mobilizar contra o que entendem se tratar de descaso com a pasta fazendária.
A partir do dia 11 de março, cerca de 700 Auditores-fiscais da ativa da Secretaria da Economia, antiga SEFAZ, iniciarão uma série de ações com objetivo de pressionar e demonstrar a insatisfação com a gestão do Governo de Goiás, diante do não pagamento da folha salarial referente a dezembro de 2018 e o anúncio do atraso na liberação do salário do funcionalismo público de fevereiro, que venceria no dia 28 do mesmo mês.
Assembleia geral permanente, que contou com a participação de 120 auditores, deliberou a suspensão dos trabalhos, com garantia de execução apenas dos serviços fazendários considerados essenciais, priorizando fatos geradores mais antigos de tributos para assegurar o lançamento futuro de créditos em prol da receita do Estado. Ainda serão paralisadas as participações em ações fiscais, como blitzen, apreensões e visitas in loco, em conjunto com outros órgãos.
Os servidores também não realizarão mais a elaboração ou execução de malhas e rotinas fiscais que buscam identificar inadimplência tributária ou inconsistências de informações fiscais do contribuinte. Os atendimentos referentes às desonerações de comércio exterior também serão afetados. “Vamos realizar 30%, no máximo, do nosso trabalho. Todos estão insatisfeitos com os atrasos dos salários e como estamos sendo tratados. Vamos lutar para que essa situação não se repita mais”, afirma o presidente do Sindifisco, Paulo Sérgio Carmo.
Confira o encaminhamento de mobilização aprovado na assembleia geral dos Auditores-fiscais:
“Encaminhamento: Enquanto não quitada integralmente a folha de
pagamento da categoria referente ao mês de dezembro de 2018, os servidores do
fisco permanecerão mobilizados garantindo apenas os serviços fazendários cuja
paralisação resulte em prejuízo irreparável, tal como a decadência do
lançamento do crédito tributário, ficando
suspensas enquanto perdurar a mobilização as seguintes atividades:
a) Confecção, elaboração ou execução de malhas fiscais e rotinas
de fiscalização que visem identificar a inadimplência tributária ou
inconsistências de informações fiscais do contribuinte;
b) Participação em ações fiscais que exijam contato direto com o
contribuinte, tal como blitzen, apreensões, visitas in loco, inclusive as
decorrentes de operações policiais ou em apoio ao Ministério Público, salvo se
na respectiva ordem judicial consignar de forma expressa a participação de
servidores do fisco;
c) Lançamento de ofício do crédito tributário, à exceção dos
fatos geradores que se encontrem a menos de um ano de sua decadência; ficando
garantido quanto aos demais casos todos os procedimentos prévios para assegurar
a sua constituição futura, dentro do prazo decadencial;
d) Exonerações do comércio exterior.
Referente a eventuais
atrasos de futuras folhas de pagamento:
Reiteradas vezes e em
diversos canais de mídia, o Exmo. Sr. Governador Ronaldo Caiado mitigou os
deletérios efeitos do não pagamento do salário de dezembro/18, garantindo que no
“seu governo” o salário do
funcionalismo público seria pago dentro do mês trabalhado, conforme exige a lei
de responsabilidade fiscal, LRF, que foi outra bandeira levantada pela atual
gestão para não pagar os salários de dezembro dos servidores, à míngua do
prévio empenho para tal.
Outrossim, constatamos
que a palavra empenhada pelo chefe do executivo não está sendo cumprida por
seus auxiliares, ante a constatação de cronograma divulgado pela Secretaria de
Economia, remetendo ao mês de março o pagamento referente ao mês de
fevereiro/19, dos servidores que ganham acima de R$ 5,4 mil.
Ante o descompromisso
do governo com a própria palavra, não resta alternativa aos servidores do fisco
estadual, senão mobilizarem-se, com o fim de evitar que na menor dificuldade enfrentada
pela equipe econômica do governo, seja resolvida com atrasos de salários e
tratamento anti-isonômico entre servidores públicos.
Assim, enquanto
perdurar a inadimplência do governo em relação ao salário de dezembro/18, sendo
constatado tratamento anti-isonômico na quitação de futuras folhas de pagamento,
a partir do primeiro dia do mês trabalhado subsequente, além das ações
referidas no item antecedente, os servidores do fisco se mobilizarão através do
“login
zero”, enquanto não quitada a folha do mês anterior"
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