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domingo, 19 de maio de 2019

DETRAN retorna ao Tesouro e dinheiro público só em bancos oficiais


O TCE/GO emitiu 10 determinações e 5 recomendações ao governador de Goiás e a sua secretária de Economia, visando corrigir ilegalidades apontadas em relatórios de auditorias, conforme consta de acordão publicado na última quarta (15) pela corte de contas goiana.

O processo que abriga as determinações e recomendações foi aberto no ano de 2016, mas somente agora foi concluído.

Entre os principais pontos deliberados pelos conselheiros do TCE está a reinclusão da arrecadação do DETRAN na conta única do tesouro estadual, já que o citado órgão não pode ficar à margem da centralização de recursos do caixa único estadual, constituindo tal situação em infração as normas gerais de Direito Financeiro estabelecidas pelo art. 56 da Lei 4.320/64 e art. 43, §1º da LRF, representando ainda riscos de má administração das receitas públicas, uma vez que se tratam de recursos movimentados sem o registro e o controle do sistema único.

Outra determinação do TCE foi a migração de qualquer recurso do poder executivo estadual para bancos oficiais, já que relatórios apontaram que parte desses recursos encontram-se depositados em bancos privados como Bancoob, Itaú e Santander, fato que representa uma irregularidade conforme a jurisprudência dos Tribunais de Contas, onde prevalece o entendimento de que as disponibilidades de caixa somente admitem depósitos em bancos oficiais, com exceção dos recursos públicos já comprometidos com o pagamento de obrigações do ente federativo, como aqueles relativos à folha de pagamento e às faturas emitidas por fornecedores que já tenham sido empenhadas.

Os prazos para regularização das incongruências apontadas pelo TCE vão de 30 a 90 dias.

Um comentário:

  1. O princípio da conta única foi uma das melhores decisões já tomadas no âmbito financeiro estadual, antes dessa instituição as contas estaduais eram divididas em centenas, cada uma delas passava a noite em overnight, recebendo remuneração módica (quando aplicado) e outras tantas a descoberto, pagando juros de cheque especial aos bancos, com a centralização todos os recursos, para efeito contábil, passam a noite em uma única conta, gerando muito menos despesas bancárias, assim é inaceitável que uma autarquia que dispõe de tantos recursos como o Detran fique fora da conta centralizadora gerando ou aumentando ônus sem sentido para o Tesouro.

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