A cobertura do Complexo Fazendário, localizado no setor
Negrão de Lima, não suportou as chuvas que caíram nos dias 24 e 25 de
dezembro, inundando várias salas do órgão. O setor de recursos humanos foi o mais
atingido.
Segundo informações dos funcionários da manutenção, cerca de
40 computadores (CPU’s) foram encharcados pela água que vazou dos telhados do
órgão, atingindo também um grande número de teclados, mouses e monitores.
Na manhã desta segunda-feira (26), várias salas do Complexo
estavam sem energia elétrica, aguardando os reparos necessários para voltarem à
normalidade.
Os problemas causados pela falta de manutenção nas instalações prediais
da sede do órgão fazendário são antigos e conhecidos por todos que o
frequentam.
Apesar de o telhado ser uma prioridade em qualquer plano de
manutenção predial, a gestão fazendária vem apostando em obras e reformas menos urgentes, mas com forte apelo promocional, com direito a solenidades de inauguração e tudo mais que o
merchandising permite. Todavia, essa aposta vem contrariando a sensata ordem de prioridades.
A contradição da urgência e utilidade na construção de uma
passarela coberta justamente no período das águas, é que servidores, usuários
e agora equipamentos eletrônicos continuam se molhando na chuva, só que no lado de dentro das
instalações prediais do órgão.
E essa situação já está virando rotina. Há
poucos dias o telhado da Delegacia Fiscal de Porangatu também desabou por falta
de manutenção. Tomara que não seja preciso uma tragédia para que a manutenção do órgão fazendário seja levado a sério.
Poderíamos ter seguido o bom exemplo da Secretaria de Administração
– SEAD, que nos últimos dois anos providenciou a reforma de 15 prédios e conseguiu
novas sedes para 8 unidades do Vapt-Vupt, um investimento de R$ 11 milhões que
o gestor da SEAD promoveu em favor do bom serviço prestado por sua pasta.
Isso só demonstra que havendo vontade, dinheiro há.
A propósito, um dia antes dos estragos no Complexo
Fazendário a Secretária da Economia, Cristiane Schmidt, divulgou que
Goiás vai fechar o ano com R$ 10 bilhões em poupança. Certamente, um pedaço dessa poupança vem do telhado que se desmanchou na secretaria que a própria Schmidt é a titular.
A falta de manutenção nas instalações da pasta fazendária só pode ser uma opção dos respectivos gestores. O problema é que essa economia acabou furando o teto da Economia, literalmente.