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  • Por que protegemos um sistema que nos fere?

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

B.I. não é A.I., e vice versa

Na semana passada uma série de matérias jornalísticas divulgaram o uso da tecnologia da informação por parte da Secretaria da Economia do Estado de Goiás, no controle de mercadorias em trânsito e combate à sonegação fiscal, informando que o sistema utilizado se baseia em inteligência artificial (A.I.). 

Outrossim, para quem não é leigo na área de tecnologia, é fácil constatar que o sistema divulgado na imprensa se trata na verdade de uma ferramenta de inteligência de negócios (B.I.) que se baseia exclusivamente em regras de negócios buscando a comparação de uma base de dados com outra.


O próprio software utilizado pela Secretaria da Economia goiana no divulgado sistema, “Power B.I.” da Microsoft, que "roda" com linguagem “DAX” e “M” na manipulação de bases de dados e construção dashboards, deixa claro que se trata de uma ferramenta de B.I. 


Nos últimos anos, temos visto um grande avanço no desenvolvimento de tecnologias que utilizam inteligência artificial (A.I.) para solucionar problemas complexos em diversas áreas, como saúde, finanças e até mesmo na fiscalização tributária. No entanto, para os leigos, é fácil confundi-los sobre A.I. e B.I., que são conceitos diferentes e possuem aplicações distintas.


B.I. é um conjunto de técnicas e ferramentas que visam transformar dados brutos em informações úteis e relevantes para o negócio, possibilitando a tomada de decisões mais assertivas. A ideia é analisar as informações coletadas e transformá-las em insights para auxiliar na gestão do respectivo negócio ou atividade. Tal técnica é baseada em regras de negócios pré-definidas, confrontando-as com bases de dados históricos.


Há mais de uma década o fisco goiano utiliza-se do B.I. para fins de fiscalização de tributos, especialmente por meio da ferramenta “SAP Business Objects”, mais conhecido no meio fazendário como B.O., que da mesma forma que o Power B.I, também manipula base de dados e constrói dashboards.


Lado outro, A.I. é uma área da computação que se dedica a desenvolver algoritmos capazes de aprender e executar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. A inteligência artificial usa técnicas de aprendizado de máquina, redes neurais e processamento de linguagem natural para identificar padrões e gerar insights em dados complexos. Ela é capaz de analisar grandes volumes de dados em tempo real e tomar decisões baseadas em probabilidades, com um detalhe importantíssimo: sem precisar de intervenção humana.


Assim, a utilização da A.I. requer muito mais investimento, uma vez que envolve modelagem de dados, desenvolvimento de algoritmos e uma equipe de especialistas para garantir a eficácia dos sistemas, enquanto que o B.I. é ferramenta tecnológica mais acessível que ajuda a otimizar processos e analisar dados.


No caso específico do sistema de controle fiscal de mercadorias em trânsito divulgado pela Secretaria de Economia de Goiás, é importante destacar que, até o momento, a ferramenta não se baseia em A.Í., mas sim em B.I., para comparar uma base de dados com outras e detectar possíveis fraudes e sonegações fiscais. Embora o sistema possa ser eficiente naquilo que se propõe, não é correto chamá-lo de A.I. já que não há aprendizado de máquina nem uso de técnicas avançadas de processamento de dados, e ainda, por necessitar da constante intervenção humana.



A deliberada confusão entre A.I. e B.I. pode trazer consequências negativas, pois a falta de informação acaba servindo para promover tecnologias que não são realmente inovadoras ou disruptivas. Isso pode gerar desconfiança do público especializado em relação às tecnologias utilizadas e diminuir a sua adesão em soluções que poderiam trazer benefícios reais. 


Infelizmente, tem sido comum que organizações públicas e privadas que utilizam ferramentas de B.I. para analisar dados de suas operações e negócios se referirem a isso como A.I., com o ladino fim de transmitir a ideia de modernidade e inovação, quando na verdade estão aplicando regras de negócios e análise de dados da forma mais convencional possível.



O fato é que tal comportamento pode trazer sérios problemas de reputação e credibilidade, especialmente às instituições públicas, já que um princípio basilar desse tipo de organização é a transparência, inclusive quanto às tecnologias utilizadas, evitando-se assim questionamentos éticos, pois tal comportamento pode ser interpretado como manipulação da verdade.


Ademais, a desinformação e a falta de transparência no  uso de tecnologias pode levar a investimentos desnecessários em soluções inadequadas para resolver problemas específicos. É importante que o público interno e externo estejam cientes das diferenças entre as tecnologias utilizadas para poderem aplicá-las de maneira consciente e obter os resultados esperados.


Em resumo, é salutar fornecer a informação correta de forma transparente para que o público possa avaliar e concluir se determinada tecnologia é realmente inovadora e útil.


Afinal, informação sem credibilidade não resolve.



domingo, 30 de abril de 2023

Storytelling

Storytelling é a arte de contar histórias de forma envolvente e cativante por meio de recursos gráficos e digitais com  o objetivo de vender produto, serviço ou pessoa.

Seu objetivo é contar histórias que possam envolver e emocionar as pessoas, criando uma conexão emocional entre elas e a mensagem que está sendo transmitida.

Embora a storytelling seja uma técnica poderosa e eficaz de comunicação, ela também pode ser usada de maneira tendenciosa e manipulativa, especialmente quando omite dados importantes sobre a questão apresentada. Quando a técnica da storytelling  é utilizada de forma marota, leva o  público a uma percepção distorcida da realidade e a uma tomada de decisão equivocada por parte dos demais envolvidos no processo.

Estamos falando daquelas performances e apresentações espetaculosas, cheias de gráficos e números gerais que parecem saídos de um conto de fadas, mas quando são objeto de exame mais acurado, percebe-se que a realidade é bem diferente da que foi vendida.

Em regra, o uso enviesado da storytelling serve para ocultar ou minimizar problemas ou falhas no serviço ou produto, levando a uma percepção equivocada da situação por parte das pessoas interessadas na solução, que não têm a real compreensão do que está acontecendo, e acabam tomando decisões baseadas em informações incompletas ou imprecisas.

Combater o mau uso das storytelling pode ser um desafio, mas algumas abordagens podem ajudar a diminuir seu impacto negativo, tais como:

  • Buscar fontes confiáveis. É essencial buscar informações confiáveis de fontes independentes e isentas. Verifique as fontes de informação e certifique-se de que elas não estão usando a storytelling de forma manipulativa;

  • Ficar atento a possíveis vieses. Ao ouvir uma história, tente identificar possíveis vieses ou tendenciosidades. Procure identificar fatos omitidos ou distorcidos e verifique a veracidade das informações antes de tomar uma decisão;

  • Promova a transparência e a responsabilidade. É importante que as organizações sejam transparentes e responsáveis em suas comunicações. Exija informações claras e precisas e procure entender os impactos reais de uma decisão;

  • Eduque-se sobre a técnica da storytelling. Ao entender como a storytelling funciona, você pode se tornar mais consciente dos possíveis impactos negativos e estar melhor preparado para identificar o mau uso da técnica;


  • Exponha o mau uso da storytelling, Ao expor o mau uso da storytelling, você pode ajudar a conscientizar o público e a reduzir o impacto negativo da técnica;


  • Compartilhe informações precisas e ajude a desmascarar histórias falsas ou tendenciosas.

Em resumo, combater o mau uso da storytelling requer atenção, conscientização e ação. É importante ser crítico em relação às informações que recebemos e buscar fontes confiáveis e independentes.

Ao promover a transparência e a responsabilidade, educar-se sobre a técnica da storytelling e expor o mau uso da técnica, ajudamos a tomada de decisão mais informada e responsável.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Secretaria da Economia fura o teto!

Por falta de manutenção nos próprios telhados, chuva causa estragos na sede da Secretaria da Economia do Estado de Goiás.

A cobertura do Complexo Fazendário, localizado no setor Negrão de Lima, não suportou as chuvas que caíram nos dias 24 e 25 de dezembro, inundando várias salas do órgão. O setor de recursos humanos foi o mais atingido.

Segundo informações dos funcionários da manutenção, cerca de 40 computadores (CPU’s) foram encharcados pela água que vazou dos telhados do órgão, atingindo também um grande número de teclados, mouses e monitores.

Na manhã desta segunda-feira (26), várias salas do Complexo estavam sem energia elétrica, aguardando os reparos necessários para voltarem à normalidade.

Os problemas causados pela falta de manutenção nas instalações prediais da sede do órgão fazendário são antigos e conhecidos por todos que o frequentam.

Apesar de o telhado ser uma prioridade em qualquer plano de manutenção predial, a gestão fazendária vem apostando em obras e reformas menos urgentes, mas com forte apelo promocional, com direito a solenidades de inauguração e tudo mais que o merchandising permite. Todavia, essa aposta vem contrariando a sensata ordem de prioridades.

O exemplo mais recente desse equívoco é a passarela coberta que está sendo construída no lado externo dos blocos do Complexo, para que servidores e usuários transitem entre esses prédios sem se molharem na chuva.

A contradição da urgência e utilidade na construção de uma passarela coberta justamente no período das águas, é que servidores, usuários e agora equipamentos eletrônicos continuam se molhando na chuva, só que no lado de dentro das instalações prediais do órgão.

E essa situação já está virando rotina. Há poucos dias o telhado da Delegacia Fiscal de Porangatu também desabou por falta de manutenção. Tomara que não seja preciso uma tragédia para que a manutenção do órgão fazendário seja levado a sério.

Poderíamos ter seguido o bom exemplo da Secretaria de Administração – SEAD, que nos últimos dois anos providenciou a reforma de 15 prédios e conseguiu novas sedes para 8 unidades do Vapt-Vupt, um investimento de R$ 11 milhões que o gestor da SEAD promoveu em favor do bom serviço prestado por sua pasta.

Isso só demonstra que havendo vontade, dinheiro há.

A propósito, um dia antes dos estragos no Complexo Fazendário a Secretária da Economia, Cristiane Schmidt, divulgou que Goiás vai fechar o ano com R$ 10 bilhões em poupança. Certamente, um pedaço dessa poupança vem do telhado que se desmanchou na secretaria que a própria Schmidt é a titular.

A falta de manutenção nas instalações da pasta fazendária só pode ser uma opção dos respectivos gestores. O problema é que essa economia acabou furando o teto da Economia, literalmente.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Aprovado projeto da nova sede do Sindifisco

Desejo antigo da categoria fiscal está um passo mais próximo de se realizar. Foi aprovado ontem (13) pela Prefeitura de Goiânia o projeto de construção da nova sede do SINDIFISCO/GO, que ficará localizada na Av. Vereador José Monteiro, esquina com Av. Meia Ponte, no Setor Negrão de Lima, a menos de 100 metros da Secretaria da Fazenda, atual Economia.

O terreno da sede foi adquirido pela atual gestão da entidade sindical no ano de 2020, contando com mais de dois mil metros quadrados. O projeto do prédio conta com 2,2 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em três pavimentos, que abrigará recepção, auditório, estacionamento coberto, salas comerciais, salas de aula, além das demais dependências comuns e privativas que integram o projeto.

O início das obras está previsto para começar ainda este ano, e o término em aproximadamente 18 meses após seu início.

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Diretoria Jurídica da Fenafisco será ocupada por auditor-fiscal goiano

Auditor Cláudio Modesto
  
 Integrante da chapa de consenso “Fenafisco, pelo fisco, pelo Brasil”, o auditor-fiscal do estado de Goiás, Cláudio Modesto, integrará a futura diretoria da Fenafisco no triênio de 2023/2025, ocupando o cargo de Diretor Jurídico da entidade nacional.

    A posse da nova diretoria da Fenafisco ocorrerá em 09/11/2022, no final do 19º Congresso Nacional do Fisco, que ocorrerá no estado da Bahia.



Integrarão a nova diretoria da Fenafisco no triênio 23/25 os seguintes auditores-fiscais:

 

  • Francelino Valença, Presidente (PA);
  • Marco Couto, Vice-presidente (MG);
  • Glauco Honório, Diretor Administrativo-financeiro (SP);
  • Celso Malhani, Diretor para Assuntos Parlamentares e Relações Intersindicais (RS);
  • Cloves Silva, Diretor de Formação Sindical e Relações Intersindicais (MS);
  • Marlúcia Paixão, Diretora de Comunicação (BA);
  • Cláudio Modesto, Diretor Jurídico e de Defesa Profissional (GO);
  • José Rosa, Diretor de Aposentados e Pensionistas (SE);